Muitas resenhas de CORES de outono deixam um sorriso enorme em meu rosto... Principalmente quando descrevem emoções que coloquei no livro.
O romance é a base de CORES, mas a alma dele é muito... muito maior. Saber que esta mensagem é compreendida pelo leitor, encanta minha alma... Ai Ai... suspiro.
Blog "Cabana dos Livros"
Antes de escrever a resenha de 'cores
de outono' tentei colocar em ordem meus pensamentos e tudo que gostaria de
dizer sobre o livro, mas vi que não tinha como. Tem tanta coisa que gostaria de
dizer sobre esse livro que me surpreendeu tanto que tenho certeza que vou
acabar esquecendo de deixar na resenha alguma coisa. (...)
(...) Para minha alegria terminei de ler um dos
melhores livros que já li, um dos mais bem escritos e com mais alegria e
satisfação ainda por ser obra de uma escritora brasileira, talento nosso, e não
dos cultuados estrangeiros - os quais gosto, consumo, leio e não tenho nada
contra fique bem claro!
(...) um ponto na história que
eu gostei bastante, a autora soube criar com todos os detalhes uma atmosfera
própria para sua história, uma atmosfera boa de se sentir e de se acompanhar no
decorrer da leitura. Situando a história em uma pequena cidade ao pé de uma
montanha, para mim foi inevitável uma certa comparação com os romances de
Nicholas Sparks, e digo isso não de uma forma negativa como se a autora tivesse
copiado algo, não; o que quero dizer é que a mesma vontade que tive de conhecer
Oriental, a pequena cidade de 'o melhor de mim', também tive em conhecer Campo
Alto, a cidade de 'cores de outono'. No decorrer da leitura a autora vai nos
apresentando aquela cidade e ao seu cotidiano de uma forma tão convidativa que
não teve como não querer estar naqueles bosques, naquelas trilhas e naquela
montanha tão repleta de segredos. Mesmo com as pinceladas de suspense na minha
opinião a aura que predomina na cidade é a do romantismo; tudo na pequena
cidade que Keila Gon criou é muito bucólico, aconchegante, acolhedor, mesmo
estando presente na história a fofoca e o disse-me-disse tão característicos
das cidades pequenas. Com sua montanha mágica e seus bosques que escondem
paraísos secretos - e alguns perigos - Campo Alto foi um lugar criado nos
mínimos detalhes para se viver uma bela história de amor. E essa história está
lá.
Com toda certeza o ponto mais forte da
história são seus personagens, principalmente, claro, o casal protagonista.
Confesso que não sou um leitor que se apega muito a personagens, e digo isso na
questão de nem sempre achar que eles são o principal de uma história. Para mim
em 90% dos casos o que mais me interessa é a história em si, se ela me emociona
ou não, se ela me diverte ou não, se ela me deixa triste ou não. Não fico como
muitos leitores prestando atenção nos detalhes do personagem, se foi bem
construído, se é verossímil, se me cativa ou não; o que realmente presto
atenção é se a história é emocionante, se tem cenas bonitas, cenas tristes que
me façam chorar (sim, gosto de histórias que me fazem chorar). Cores de outono
foi um caso à parte nessa questão.
Narrado em primeira pessoa pela
protagonista, Melissa, não teve como não se ater a personagem e seu par na
história. Melissa foi na minha pequena opinião, já que personagens não são
sempre o meu foco, uma personagem muito bem desenvolvida, construída e
conduzida. Melissa é um pouco atrapalhada, mas não boboca; se mete em algumas
encrencas, mas não é uma pessoa desligada e acima de tudo é muito amorosa com a
família e com os amigos. Perdendo a mãe e o padrasto em um terrível acidente de
carro ela toma para si sem piscar a responsabilidade de cuidar de sua irmã
caçula, Alice. É no cuidado dessa irmã que está alicerçada agora a vida de
Melissa assim como cuidar também de seu querido avô, George. No cuidado com a
família Melissa mostra todo seu altruísmo, deixando de lado, sem se importar,
sua vida pessoal e social. O relacionamento dela com a família é muito bonito
de se ver assim como são engraçadas algumas situações que ela passa por ser um
pouco distraída às vezes. Ela diz que as forças ocultas do universo conspiram a
favor de seus embaraços.
Junto a Melissa, formando um dos
melhores casais literários que já vi, temos o misterioso, arrogante, sinistro
e, claro, dono de uma beleza sem igual, Vincent Dippel. Tão bem construído e
conduzido como Melissa, Vincent é um personagem que chama a atenção desde suas
primeiras aparições. Misterioso e um pouco sinistro além de muito arrogante,
Vincent é evitado por todos na cidade por ser um dos moradores da tida
"assombrada" montanha da cidade. Desde o primeiro encontro dos dois,
que por pouco não acaba em tragédia, uma tensão é formada entre Melissa e
Vincent, e a cada encontro, quase sempre desastroso dos dois, essa tensão vai
aumentando. E esse é outro ponto forte do livro, na minha opinião. Os dois não
se encontram pela primeira vez e 'puf' estão apaixonados arrebatadoramente.
Melhor do que acompanhar um amor a primeira vista foi acompanhar a evolução do
relacionamento - à principio muito conturbado - dos dois.
Os encontros desastrosos, as
discussões, a implicância mutua, tudo foi acontecendo de forma gradativa, bem
mais parecido com a vida real, e para mim o mais incrível é que nada disso
tornou a leitura chata ou sem graça por não ter o casal logo aos beijos e
abraços. A grande ligação dos dois a principio foi no olhar; Melissa fica quase
que prisioneira dos 'oceanos turquesa', como ela define o olhar de Vincent. A
autora mais uma vez mostrou seu talento e domínio de narrativa ao conduzi-los
muito bem, mesmo que mais brigando do que se entendendo, e acho que foi isso
que fez com que os personagens principais me conquistassem. Achei a relação de
Melissa e Vincent muito real e quando chegou o momento em que os dois se envolveram
para valer foi tão natural e tão bem embasado e mais ainda, esperado, que era
como se houvesse uma torcida organizada por aquele momento (e eu fazia parte
dessa torcida).
Até agora estou admirado com a
maravilhosa narrativa da autora e com o domínio que ela tem de tudo em sua
história, de cenários a personagens e situações. Já disse em outras ocasiões
aqui no blog que não sou muito fã de narrativas em primeira pessoa, poucas me
conquistaram desde que comecei a ler e com certeza a de Keila Gon entrou para
essa lista. Acho que foi um grande acerto da autora ter optado por primeira
pessoa (não sei se pensou em outra); fiquei imaginando a narrativa da história
em terceira pessoa, por pontos de vista de outros personagens, mas confesso que
não achei que ficaria tão bom quanto ficou. Conduzindo sua história pelo olhar
atento de Melissa, Keila Gon não deixou escapar nem um detalhe em nenhuma
situação que criou, o domínio e qualidade de sua narrativa foram um dos
melhores que já vi. Prova disso foi ela conseguir levar seus protagonistas a
darem o primeiro beijo após um pouco mais da metade do livro. Para mim só
consegue isso um escritor muito talentoso, o que é o caso. Cores de outono não
foi apenas um livro bonitinho, uma historinha de amor com pitadas de fantasia,
foi um livro escrito com muita qualidade e acima de tudo muito talento. A
autora é uma escritora nata e pronta. E, claro, como não poderia deixar de ser
vieram de minha parte as comparações com os estrangeiros que tanto gosto. Mas
não foram comparações na questão de avaliar se ela escreve melhor ou pior que
um escritor de fora; a questão para mim foi muito simples e óbvia: Keila Gon
escreve tão bem quanto um Nicholas Saprks da vida ou uma Emily Giffin. Na minha
opinião a escrita dos três se equipara e se colocassem um nome estrangeiro na
capa do livro, sem nem uma identificação de que se trata de algo escrito por um
autor nacional, aposto que ninguém notaria a diferença - eu pelo menos não
notaria.
Digo novamente, não estou comparando se a escrita
nacional é melhor que a estrangeira ou vice-versa, o que estou tentando dizer é
que consumimos tanta literatura de fora (e não acho que seja ruim) que às vezes
os nossos parâmetros de qualidade, de boa escrita, de boa narrativa acabam
sendo eles mesmo. E para mim é muito bom ver que temos aqui em nosso país
escritores tão bons na literatura de entretenimento quanto os estrangeiros que
tanto gostamos. Para finalizar quero dizer que essa resenha trata-se apenas da
minha opinião sobre um livro que gostei muito, muito mesmo e que recomendo a
todos. Se você for atrás do livro não espere encontrar nele coisas
mirabolantes, muita ação, muita adrenalina, nada disso... Cores de outono está
muito acima disso; espere encontrar magia, encanto, muito amor e sensações para
embalar o coração.
Pois é... Pois é... Fico corada, agradecida, e muito... MUITO feliz por seu olhar de leitor Jean!
Oi Keila, tudo bem? Gostaria de saber se aceita firma parceria com o meu blog. Caso queira saber mais informações sobre ele, é só acessar esse link. Ah, se quiser entrar em contato meu E-mail é nati.natipacheco@hotmail.com. Um super beijo, Light As The Breeze
ResponderExcluirOi Keila quanto tempo??? Só passava para dar uma espiadinha e não dava tempo de comentar... mas antes tarde do que nunca. Hoje passei na Camomila e quando vi a fotos de vocês me bateu uma imensa saudade. Flor, todos esses comentários e carinhos são merecidos, porque é a colheita que você está fazendo depois de espalhar tantos sementes boas pelo caminho e ainda bem que colhemos junto kkkkkkk. Desejo mais e mais sucesso ... pode ficar sem graça, corada etc e tal... mas seja, acima de tudo Feliz!!! Todos nós ganharemos com isso kkkkkk. Estou esperando o próximo volume com ansiedade. Um grande abraço da fanzoca e claro, muito e muito carinho.... Regiane.
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